Entrevista com Deryck sobre SBM

A revista Onstage Magazine da edição de novembro, entrevistou Deryck antes de começar a Eastpak Antidote Tour, veja a tradução da entrevista a baixo:

Não sei a data exata, mas é certo que em 2011 será lançado sexto álbum de estúdio do Sum 41, uma das mais prolíficas bandas punk norte-americana. Anunciado, Screaming Bloody Murder marcará um ponto de viragem para o grupo, pronto para nos dar um gosto das novas músicas. Em antecipação de tudo, fiemos algumas perguntas para revelar alguns segredos sobre o novo álbum com Deryck "Bizzy D" Whibley, do Sum 41:

 

- Em 2010 vocês tocaram muito na Europa. Três vezes na Itália, sem contar da data de Novembro. Fazia muito tempo que o Sum 41 não aparecia na Europa, especialmente aqui na Itália.

"Eu sentia falta de Itália! Então, decidimos entrar e tocar a primavera passada no festival "Give It A Name" e este verão em Milão e Bolonha no " I-Day". Voltaremos com a "Eastpak Antidote Tour" em novembro como a banda central no cartaz e eu mal posso esperar para se divertir como um louco com vocês. Os fãs italianos são surpreendentes, alguns dos melhores shows que fizemos foram com vocês! Em Bolonha, em Setembro, sob o palco estava um pandemônio incrível, eu já perdi a conta de quantos caras fizeram dois minutos de crowd surfing em nossos shows. Sentimos várias emoções quando vemos os nossos fãs italianos em um frenesi."

 

- Vocês publicaram um novo álbum para 2011, Screaming Bloody Murder? Você pode definitivamente confirmar alguns detalhes sobre ele?

"A primeira confirmação é o título: ele é chamado Screaming Bloody Murder. É diferente dos anteriores, porque ele contém algumas coisas que nunca utilizamos antes. É um daqueles discos em que há um estilo comum para todas as canções. Cada música tem as suas próprias entidades distintas e identificáveis, não há uma linha comum. Para a produção no início queríamos um produtor. Tentámos várias vezes, mas no final a coisa, para colocar em poucas palavras, não funcionou. Confrontados com esta situação, optamos por autoprodução. Claro que, para um de nós se tornar o produtor era um risco, mas não tínhamos alternativa."

 

- Nos planos iniciais, o álbum iria ser lançado em 2010. Por que essa demora?

"Existem muitas razões. Em primeiro lugar, a nossa gravadora: foi um fato que pesou muito e ampliou o tempo. E então nós encontramos algumas dificuldades em escolher quais as músicas que iriamos incluir no tracklist de Screaming Bloody Murder entre as muitos musicas que tinhamos escrito e testado. Finalmente, nossa gravadora optou por adiar o lançamento do álbum para trabalhar bem com a promoção."

 

- Podemos dizer que Screaming Bloody Murder marca uma evolução do Underclass Hero? 

"Eu não falaria de evolução, o termo mais preciso é mudança. Não haverá qualquer ligação com Underclass Hero - pode parecer estranho para você - ou com outra coisa que o Sum 41 fez anteriormente. Skumfuk, a música que começou a circular no YouTube há algumas semanas, é um compêndio do que você pode encontrar no nosso novo álbum, mesmo com um piano e voz é um sinal claro dessa mudança. Em vários traços de Screaming Bloody Murder, há tantos estilos e sons diferentes que é impossível resumi-los e colocá-los em uma única canção."

 

- Sum 41 sempre tiveram uma ligação forte com seus fãs. Você acha que após 16 anos de carreira ainda é importante não esquecer as suas raízes?

"O relacionamento com nosso público é algo sempre fascinante e eles vem em primeiro lugar. Primeiro de tudo, somos fãs dos nossos próprios fãs. Somos gratos àqueles que nos seguem e nós sempre sentimos gratidão e respeito por eles, desde o início de nossa carreira. Se depois de tanto tempo, ainda temos uma sequência tão grande, que só nos deixa orgulhosos e animados: Sum 41 não só tem que agradecer a cada um deles em cada maneira possível."

 

- Você é um membro do Canadian Music Creators Coalition, um grupo de músicos canadenses que trabalham para a promoção da música em vista das novas fronteiras digitais. O que você acha que o futuro do negócio da música e aqueles que acreditam que as gravadorasold school e associações, como a RIAA, deve trabalhar mais para defender os direitos dos músicos?

"Eu acho que o negócio que gira em torno do mundo da música mudou completamente já há algum tempo, mas a maioria das pessoas envolvidas não querem perceber isso. Como uma organização, e pessoalmente, como um músico, eu acho que é certo para todas as bandas novas terem a oportunidade de sair da clandestinidade."

 

- Uma última pergunta, sobre a sua saúde. Em agosto após uma briga no Japão, você foi hospitalizado. Como você está agora?

"Agora as coisas estão melhorando, embora até as data dos shows eu ainda não estarei totalmente em forma. A "briga" no Japão foi um mal entendido e infelizmente tivemos que cancelar  algumas datas de shows. Mas a única coisa que me faz feliz é o fato de que minha saúde está melhorando a cada dia."

Fonte: Sum41 Itália

Tradução: Bruna Usmari